Breve Introdução

A licenciatura em Engenharia Aeroespacial (LEA) do IST consiste de 10 semestres em 5 anos. Ao abrigo de um convénio bilateral com a Sup’Aero de Toulouse é possível obter em mais um semestre, ou seja 5 anos e meio, também o diploma da SupAero.

A SupAero (École Nationale Supérieure de l'Aeronautique et de l'Espace) é universalmente reconhecida como a melhor Escola de Engenharia Aeronáutica em França, e uma das melhores do Mundo. O convénio de dupla licenciatura LEA/IST e SupAero vem na sequência do intercâmbio de alunos no âmbito do programa europeu Erasmus. A LEA tem acordos Erasmus também com as Universidades de Delft, Sheffield e Munique, além do Imperial College de Londres e Universidade Técnica de Madrid. A Dupla Licenciatura ou duplo grau significa a possibilidade de obter as duas licenciaturas, pelo que o Plano de Estudos da LEA/IST é descrito em pormenor nas Secções 1 a 6, e o faz-se breve referência ao da SUPAERO na Secção 7.

Historial

Este curso de licenciatura foi proposto pela primeira vez em 1986, quando o IST já beneficiara da experiência de participação em várias dezenas de projectos internacionais no âmbito do AGARD (Advisory Group for Aerospace Research and Development).

Esta licenciatura já se encontra acreditada pela Ordem dos Engenheiros e pela Fundação das Universidades Portuguesas. Recentemente, o IST passou a ser membro do PEGASUS (grupo de Universidades Europeias com cursos na área da Aeronáutica).

Objectivos

A licenciatura em Engenharia Aeroespacial (LEA) é uma síntese das tecnologias avançadas que distinguem o século XX dos que o precederam, e que se encontram concretizadas em vários tipos de veículos, como aeroplanos, helicópteros, aeronaves robotizadas, foguetões e satélites. Este curso habilita o Engenheiro Aeroespacial a intervir em todas as fases do ciclo de vida de um veículo, desde a concepção e projecto, até à operação e manutenção, passando pelos ensaios e fabricação. A licenciatura tem acesso aos meios computacionais do IST, assim como aos laboratórios dos Departamentos de Engenharia Mecânica e de Engenharia Electrotécnica e de Computadores. Presentemente encontra-se em fase de instalação um túnel de vento aeroacústico e um simulador de voo com 6 graus de liberdade. De entre os equipamentos especificamente aeroespaciais, menciona-se o avião de ensaios em voo Casa Aviocar operado conjuntamente com a Força Aérea Portuguesa, que tem sido usado em projectos de investigação nacionais e internacionais, nos domínios da dinâmica de voo e gestão do tráfego aéreo. Portugal é um dos seis países que dispõem deste tipo de avião, e o IST um dos cinco estabelecimentos de ensino superior que têm acesso a um "laboratório em voo", com a finalidade de ensino e investigação.

Saídas Profissionais

Em Maio de 1997, trabalhavam nas principais entidades do sector aeronáutico em Portugal, mais de 570 engenheiros. Este mercado de trabalho corresponde a mais de 16 anos do numero clausus da LEA. As principais empresas e organizações aeronáuticas, prevêem uma taxa de crescimento do transporte aéreo à escala mundial de 7% ao ano, que significa triplicar até 2020. Sendo Portugal um país que opera e faz manutenção de aviões será de prever que o número de engenheiros necessários exceda 1 700 em 2020, o que representaria 47 anos de numerus clausus actual da LEA. No caso de Portugal vir a participar em programas internacionais de desenvolvimento e produção aeroespacial o número de engenheiros aumenta substancialmente, visto que a indústria aeroespacial tem 20% dos seus efectivos como engenheiros, isto é, cerca do triplo de empresas de operação e manutenção de aviões (para as quais cerca de 6% do pessoal são engenheiros).

O numeros clausus da LEA foi incrementado de 35 para 60 ao longo dos últimos anos, mantendo uma elevada média de entrada, na ordem dos 80%, e garantindo emprego à totalidade dos recém licenciados, dado que a procura de engenheiros aeroespaciais excede a oferta. A Engenharia Aeroespacial é uma das mais interdisciplinares, e das que maior ênfase põe em tecnologias avançadas, pelo que os engenheiros aeroespaciais desempenham em todo o mundo as actividades mais variadas, tendo em conta que é um sector extremamente internacionalizado. Acresce que os Engenheiros Aeroespaciais dos ramos de aeronaves e aviónica estão perfeitamente habilitados às funções, respectivamente, de Engenheiros Mecânicos e Electrotécnicos, embora não seja essa a finalidade do curso. Há licenciados da LEA a trabalhar nas maiores empresas e instituições aeronáuticas nacionais (OGMA, TAP, FAP, NAV, INAC) e europeias (Airbus, Aerospatiale, British Aerospace, Daimler-Chrysler, Rolls-Royce, Snecma, Astrium, Cern, Esa, Eurocontrol).

Coordenadores

2007/2008
Luiz Manuel Braga da Costa Campos
luis.campos@tecnico.ulisboa.pt

A informação contida nesta página é da responsabilidade da equipa de coordenação do curso.