João Miguel Nicolau, n. 1988,
Deputado à Assembleia da República, membro da Comissão de Agricultura e Mar e da Comissão de Ambiente, Energia e Ordenamento do Território

Entrei para o Técnico em 2006, longe de perceber que seria muito mais do que uma escola de competências profissionais e académicas. O Técnico foi, sem dúvida, uma escola de vida! Um período que marcou a minha vida, a forma de pensar e de encarar os desafios, sejam eles profissionais ou pessoais. A Engenharia do Ambiente foi 1.ª opção e ainda hoje não voltaria atrás na escolha.
A evolução da sociedade, o agravar de certos problemas ambientais e o despertar da consciência ambiental tem-nos mostrado a necessidade de ação de forma racional, ponderada e planeada em tudo o que tem mão humana. Sendo, portanto, central o papel do Engenheiro do Ambiente nos mais variados contextos profissionais. Sempre tive interesse em saber fazer, perceber porquê e como, e o curso tem a grande mais-valia de ir beber conhecimento a muitos ramos da engenharia, formando profissionais capazes de perceber o mundo que os rodeia.
A grande abrangência do curso obriga também à disponibilização de especialização e UCs opcionais, que me permitiram construir um currículo adaptado aos meus interesses profissionais, sendo outra mais-valia. Por outro lado, tive participação ativa na comunidade do IST, tendo feito parte do Conselho Pedagógico, da Assembleia de Escola, tendo sido dirigente da AEIST e organizado Jornadas de Engenharia do Ambiente. Não tenho dúvida que foram as competências profissionais e transversais que adquiri no IST que permitiram o meu percurso profissional, tendo desempenhado funções na gestão ambiental em vários setores industriais.
Carreira profissional que tenho congelada desde a tomada de posse como Deputado, sendo certo que o que aprendi no IST não ficou congelado e uso até com frequência na minha atividade parlamentar! Sem dúvida uma escola e um curso para a vida!


Margarida Mastbaum Aleixo, n. 1995, SAP Master Data Specialist, Rovensa

Entrei no Técnico em Setembro de 2013 para me matricular em Engenharia do Ambiente e começar cinco anos de muito trabalho e disciplina. Sem muita certeza de que seria a escolha certa, rapidamente, nas primeiras semanas percebi que sim. Foi extremamente enriquecedor aprender com os melhores de cada área, da Engenharia Civil à Química, passando pela Matemática, Mecânica, Economia e Gestão. Note-se que não basta aprender com os melhores! O sucesso é indissociável de aprender em conjunto com também os melhores. Sem os colegas, não é possível avançar, já que os projectos desenvolvidos exigem o trabalho e os pontos fortes de todos. As múltiplas valências que desenvolvi aliada à capacidade de trabalhar em grupo, tornou-me hoje uma melhor profissional, mais pragmática, e melhor a relacionar temas, mais versátil. É graças à passagem pelo Técnico que hoje trabalho em IT, em concreto, SAP. A formação académica não foi uma condicionante. Pelo contrário, foi uma mais-valia. O mercado de trabalho reconhece a qualidade da formação do Técnico. E que nesta escola são formados profissionais ambiciosos e curiosos que quando de frente para um desafio fora da sua zona de conforto e área de conhecimento, são capazes de agarrar e resolver tal como foram treinados para o fazer. Porque o mais importante que levo do Técnico é a capacidade de pensar e de resolver problemas.


Pedro de Faria, n. 1978, Professor Catedrático em Gestão de Inovação, Universidade de Groningen (Países Baixos)

Fui aluno da licenciatura em Engenharia do Ambiente do Técnico entre 1996 e 2001. Na altura era um curso relativamente novo e tinha características que o tornavam único em relação a outros cursos do Técnico: cobria conteúdos de diversas disciplinas e tinha um número reduzido de alunos. Este contexto especial permitiu a criação de uma comunidade coesa em que alunos e os docentes tinham a oportunidade de discutir as temáticas ambientais a partir de diversas perspetivas. Esta experiência foi bastante enriquecedora e criou algumas das bases da minha carreira profissional. Em particular, a disciplina de Economia do Ambiente, então lecionada pelo Pedro Conceição, pôs-me em contato pela primeira vez com alguns dos conceitos fundamentais de economia e gestão. Foi também no âmbito dessa cadeira que participei em discussões sobre o papel que a inovação tecnológica tem na resolução de problemas ambientais e que me motivaram para desenvolver uma tese de licenciatura sobre o tema. O contato com literatura académica especializada e o facto de ter desenvolvido a tese num centro de investigação, criaram as raízes para a carreira que depois acabei por seguir, a de professor universitário de gestão de inovação. Em resumo, apesar da Engenharia do Ambiente como área de conhecimento ser só parte do meu passado, as experiências e as relações que desenvolvi durante a licenciatura marcaram a minha carreira profissional.


Ricardo Teixeira, n. 1982, Investigador Auxiliar (IST-ID) e Professor Convidado (IST)

Recordo-me de uma ocasião na qual representei o curso de Engenharia do Ambiente do IST na Fórum Estudante, decorrida na FIL. Fui incumbido da tarefa de conversar com alunos do ensino secundário, tentando mostrar-lhes que uma boa possibilidade para o seu futuro seria este curso. Houve um aluno do 10.º ano que se mostrou particularmente interessado, mas que confessou não ser sua intenção frequentá-lo, porque, como disse, “ambiente é… tudo”. E, de facto, ele tem razão: ambiente é tudo. Mas não num sentido pejorativo, de algo cuja abrangência é tão vasta que é difícil definir objectivamente do que trata. O curso de Engenharia do Ambiente fornece todas as ferramentas para um entendimento completo de vários domínios do conhecimento, das ciências naturais às ciências sociais. Mais do que isto, fornece a capacidade para que os alunos possam dominar qualquer tema científico com facilidade. Mesmo tratando-se de um curso multidisciplinar, não é um mero curso generalista. Então, eu escolhi Engenharia do Ambiente pela mesma razão que o aluno não queria escolher - porque nenhum outro curso me dava garantias de adquirir a capacidade de me mover entre áreas distintas do conhecimento. Num mercado de trabalho onde é cada vez exigido uma maior flexibilidade aos trabalhadores, esta possibilidade é uma grande vantagem competitiva. E, explicado isto, a verdade é que consegui daquele aluno pelo menos uma promessa de considerar Engenharia do Ambiente como uma possibilidade de futuro.