Dissertação
Core magnetic field imprint in the nonradial oscillations of red giant stars EVALUATED
Uma análise realizada recentemente a um grupo de gigantes vermelhas com dados asterosismológicos da missão Kepler revelou que uma fracção considerável destas estrelas exibe modos dipolares com visibilidades extremamente baixas. Este fenómeno foi associado à prevalência de fortes campos magnéticos (>~ 10^6 G) nos núcleos destas estrelas, cuja interacção com as ondas de gravidade impede a formação de modos dipolares com amplitudes normais. Usando modelos estelares adequados e um método semi-analítico inovador para resolver a equação de onda padrão no contexto das oscilações estelares, estudámos o impacto da transmissão das ondas do envelope para o núcleo nas visibilidades teóricas de modos suprimidos. Aplicando este método à prescrição discutida na literatura, verificámos que as nossas previsões reproduzem excelentemente as visibilidades observadas. Visto que os campos magnéticos influenciam também os modos de oscilação ao introduzir um desdobramento das frequências, calculámos a força de campo necessária no núcleo de uma gigante vermelha para produzir um desdobramento de 1 μHz nas frequências de modos com diferentes ordens angulares. Usando duas configurações de campo magnético bem estabelecidas e validadas por simulações numéricas, verificámos que valores da ordem de 10^5 G são necessários para produzir este efeito. Este resultado tem um forte impacto na conjectura dos campos fortes, pois as intensidades previstas por esta hipótese deveriam levar a desdobramentos observáveis que não são observados. Para além disto, tendo em conta as limitações observacionais, estimamos que campos magnéticos nos núcleos de gigantes vermelhas que não exibem desdobramentos de origem magnética não excedam 10^4 G.
julho 17, 2019, 14:30
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