Dissertação
Modelling propagation of wildfires using cellular automata EVALUATED
Desenvolveram-se e testaram-se autómatos celulares (AC) com o objetivo de modelar temporal e espacialmente a propagação de fogo em grandes incêndios. Os casos de estudo correspondem a quatro dos grandes fogos de 15 de outubro de 2017: Pataias-Burinhosa, Quiaios, Sertã e Arganil. Como modelo de base, escolheu-se uma versão simplificada do modelo AC de Alexandridis, desenvolvido para simular fogos na região do Mediterrâneo. Trata-se de um modelo de cariz probabilístico que tem em conta o efeito da vegetação, inclinação do terreno, velocidade e direção do vento na propagação do fogo. Introduzimos uma regra que permite que o fogo avance um determinado número de células segundo a direção do vento, quando a velocidade deste é elevada. O fogo pode saltar sobre células sem combustível, imitando o efeito de "spotting" (projeções levadas pelo vento que geram ignições a alguma distância da linha de fogo). Os nossos resultados mostram que estes modelos, em particular o modelo modificado, são adequados para simular incêndios levados a vento, como os casos estudados. As simulações dos fogos da região costeira com o modelo modificado resultaram numa progressão espaciotemporal mais realista. No caso da Sertã, melhorou-se significativamente a distribuição espacial da área ardida, refletindo a importância do "spotting". Mostrámos que a região de Pedrogão Grande poderia ter ardido como resultado do incêndio da Sertã caso não tivesse ardido em junho. Já as simulações do fogo de Arganil apresentam pior concordância com a referência. Por fim, mostrámos que os modelos AC implementados têm potencial operacional no combate aos incêndios.
junho 28, 2019, 15:0
Publicação
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